Fé, Religiosidade e Devoção
A devoção à Santa Rita, em Santa Cruz, remonta ao processo de colonização da região do Vale do Rio Trairi em meados do Século XIX. Os registros mencionam 1831 como o ano de fundação da cidade, e que já em 1835 havia sido edificada uma capela em invocação à Santa, eleita como a padroeira do lugar. Desde então, as festas em homenagem à Santa Rita, realizadas sempre no mês de maio, mobilizam a população local, os fiéis dos municípios do entorno e os santa-cruzenses ausentes.
Tal busca permite perceber a importância da cidade de Santa Cruz no contexto do turismo religioso brasileiro. Além de ser uma alternativa para quem busca fazer um turismo diferente daquele tradicionalmente vendido pelo Rio Grande do Norte, que é o turismo de sol e mar.
No caso do turismo religioso, um monumento materializa a grandiosidade de um fato milagroso, a representação da visão celestial que a aparição de um santo simboliza ou o fruto de processo histórico de consolidação do destino religioso. Isso se confirma nas cidades que recebem visitantes movidos pela fé. A construção de uma grande estátua de Santa Rita no alto do Monte Carmelo (Cruzeiro como é conhecido) demonstra o tamanho da fé na padroeira, totalizando 56 metros de construção, sendo maior que o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, que tem 38 metros de altura. O projeto foi implantado em uma área de 2.800 m². Além da estátua, inclui um complexo de espaços de serviços e atendimento ao visitante, capelas, auditório com capacidade para 200 pessoas, refeitório e lanchonete, mirante, estacionamento e praça de visitação de romeiros. Identificado como Complexo Turístico Religioso do Alto de Santa Rita de Cássia, o local é considerado pela Prefeitura de Santa Cruz como uma oportunidade para incrementar o turismo religioso no Rio Grande do Norte.